Tenho vontade
Algo que pertence a todos famígeros
Tenho que sair
E procurar ainda ser
Tenho fome
Os restos ainda são meus refugios
Refugos de uma festa em vão
No olhar azul imensidão
Plenitude
Liberdade como nunca
O que enlaça o famigero
O que encalça o esperto
E no envolver cambaliante
do trago que não satura
Será que somos todos falta
Ou plenitude da pura
Plenos, serenos ao luar
Como deuses em relva
Dorço nú a desejar
Engenhoso ente
Em seu estado sem pertubar
Eros se faz falta e prospero
Carne como todos
Caminho e meia-volta
A ligar tudo e nada
A fazer toda festa e toda falta
E no fim todos assim somos
Espertos, plenos, caminhos dos caminhantes
Falta, vazios, não saturados, inebriantes
Somos deuses ou homens
pobres ou ricos
Sábios ou ignorantes
Somos só isso
E isso será que nos basta?
Luciano Pires
De repente acordei em minhas aulas...
Nenhum comentário:
Postar um comentário